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Projeto Sons da Cidade para alunos dos 3ºs anos do Ensino Médio

Em projeto ousado e inovador, a Escola Divina Providência desenvolve competências que vão além dos conteúdos escolares; autoria, colaboração e estabilidade emocional são exercitadas pelo Projeto Sons da Cidade: saída pedagógica com duração 12 horas para a cidade de São Paulo, utilizando apenas modais públicos.

Na noite que antecede o Projeto Sons da Cidade, alunos do 3º ano do Ensino Médio passam por períodos de sono agitado. Sabe-se disso pelo depoimento dos próprios jovens que manifestam diferentes níveis de euforia e ansiedade, em virtude da oportunidade única de se deslocarem todos juntos, acompanhados por três ou quatro professores, utilizando diferentes modais públicos, para ir e voltar para a cidade de São Paulo em um dia intenso, de imersão de estudos e experiências na incrível metrópole.

O dia desperta sentimentos e percepções que começam logo às 6h50, ainda na Escola, quando todos se reúnem para ouvir novas recomendações do Orientador de Ensino e professor de história, prof. Hélio Devaldo. Finalizado este breve momento, prof. Fred, responsável pela cadeira de geografia, faz um breve relato da importância deste momento e encaminha todos para o ponto de ônibus à frente da escola. A professora Taís (Arte) também destaca aos alunos a importância da atividade para o conhecimento da diversidade arquitetônica que São Paulo oferece. Começa uma jornada que marcará decisivamente não só a trajetória acadêmica como a vida desses alunos.

A primeira parada é logo no terminal urbano da Vila Hortolândia, rumo à Estação Ferroviária de Jundiaí. Já na estação, a viagem arquitetônica se inicia com a análise da riqueza arquitetônica e histórica, apresentada in loco pela professora Taís. Nesse momento, o contato com o cotidiano de pessoas que utilizam o transporte público (ônibus e trem) para se deslocarem a seus trabalhos aguça o olhar quanto a diversos aspectos de uma realidade social com a qual muitos dos alunos não têm nenhum contato. Os trinta e cinco alunos são expostos a uma maratona de oportunidades de interagir com situações inusitadas, provocada pela vida que ocorre além dos muros escolares.

Em consonância com as tendências educacionais mais significativas do cenário mundial, e preparando seus alunos para a formação plena, a Escola Divina Providência e seus professores de História, Geografia e Arte realizam este projeto em que os alunos têm a oportunidade de estar “em campo”, responsabilizados a resolver quase a totalidade das estratégias e problemas referentes à estrutura necessária para o deslocamento e a exploração no espaço urbano. São convidados a utilizar todos os conhecimentos interdisciplinares; assim, desenvolvem competências como protagonismo, pontualidade, perseverança, autocontrole e colaboração. O deslocamento em São Paulo se dá por Metrô e a pé, e cada aluno fica responsável pelo controle de seu dinheiro necessário para as passagens e alimentação. Os próprios alunos também são colocados como protagonistas das análises feitas ao longo de todo o caminho, pontuando as transformações histórico-sociais ocorridas no eixo Jundiaí – São Paulo entre os séculos XIX e XXI, além de tantas outras questões inerentes à cidade que se tornou uma das regiões mais ricas e conturbadas do País.  Neste dia tão especial, os jovens aprendem a lidar com as intempéries do dia, diferentes modais, cansaço em decorrência das longas caminhadas, trabalho em equipe para desbravar regiões históricas e precisam exercer grande cooperação mútua como requisito para garantir a segurança do grupo. Além disso, são marcantes os inúmeros registros de cada aluno sobre os aspectos que não são possíveis de serem abordados em uma sala de aula.

Ocorrendo já há mais de dez anos, nunca uma viagem exploratória é igual à outra em virtude das diferenças dos grupos e da mutabilidade dos atores sociais. Próximo às 21h, na estação de ônibus do Terminal Tietê em São Paulo, enquanto aguardam por 30 minutos a chegada do ônibus intermunicipal que conduzirá o grupo todo a Jundiaí, quem passar por ali neste horário verá um grupo de jovens educados e animados brincando de mímica e adivinhação de charadas, todos sentados no chão, felizes por um dia letivo “de verdade”.  Por esses motivos, o “Projeto Sons da Cidade” torna-se um ritual de passagem como preparação para jovens que estão prestes a ingressar no meio universitário e, consequentemente, necessitarão de competências afetivas e cognitivas que os conduzam a uma vida de autonomia.

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